É incrível como o ser humano consegue traduzir em palavras o sentimento que com certeza passeia na mente de muitos outros da mesma espécie.
Eu conheço as obras de Lya Luft há algum tempo e esta, em especial, parece ter sido pensada por mim (desculpas a autora) e por isto, quero dedicá-la.
Por certo, em algum momento você irá se reconhecer nestas palavras.
Um bom final de semana a todos.
Canção na plenitude
(Lya Luft)
Não tenho mais os olhos de menina nem corpo adolescente, e a pele translúcida há muito se manchou.
Há rugas onde havia sedas, sou uma estrutura agrandada pelos anos e o peso dos fardos bons ou ruins. (Carreguei muitos com gosto e alguns com rebeldia.)
O que te posso dar é mais que tudo o que perdi: dou-te os meus ganhos.
A maturidade que consegue rir quando em outros tempos choraria,
busca te agradar quando antigamente quereria apenas ser amada.
Posso dar-te muito mais do que beleza e juventude agora: esses dourados anos me ensinaram a amar melhor, com mais paciência e não menos ardor,
a entender-te se precisas, a aguardar-te quando vais, a dar-te regaço de amante e colo de amiga, e sobretudo força — que vem do aprendizado.
Isso posso te dar: um mar antigo e confiável cujas marés — mesmo se fogem — retornam,
cujas correntes ocultas não levam destroços mas o sonho interminável das sereias.
Eu conheço as obras de Lya Luft há algum tempo e esta, em especial, parece ter sido pensada por mim (desculpas a autora) e por isto, quero dedicá-la.
Por certo, em algum momento você irá se reconhecer nestas palavras.
Um bom final de semana a todos.
Canção na plenitude
(Lya Luft)
Não tenho mais os olhos de menina nem corpo adolescente, e a pele translúcida há muito se manchou.
Há rugas onde havia sedas, sou uma estrutura agrandada pelos anos e o peso dos fardos bons ou ruins. (Carreguei muitos com gosto e alguns com rebeldia.)
O que te posso dar é mais que tudo o que perdi: dou-te os meus ganhos.
A maturidade que consegue rir quando em outros tempos choraria,
busca te agradar quando antigamente quereria apenas ser amada.
Posso dar-te muito mais do que beleza e juventude agora: esses dourados anos me ensinaram a amar melhor, com mais paciência e não menos ardor,
a entender-te se precisas, a aguardar-te quando vais, a dar-te regaço de amante e colo de amiga, e sobretudo força — que vem do aprendizado.
Isso posso te dar: um mar antigo e confiável cujas marés — mesmo se fogem — retornam,
cujas correntes ocultas não levam destroços mas o sonho interminável das sereias.
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