quarta-feira, junho 10, 2009

Mais um Fichamento. Espero sinceramente que apreciem!

FICHAMENTO DO TEXTO “O PROCESSO DE ARMAZENAGEM LOGÍSTICA: O TRADE-OFF ENTRE VERTICALIZAR OU TERCEIRIZAR”.
JUNIOR, Aluisio dos Santos Monteiro. O processo de armazenagem logística: o trade-off entre verticalizar ou Terceirizar.
Disponível em:

http://www.unifacsinterativa.edu.br/moodle/mod/resource/view.php?inpopup=true&id=50111. Acesso em: 27 fev. 2009.

A idéia central do texto é mostrar a análise do processo decisório na gestão logística no que se refere à Armazenagem e os custos envolvidos nesta decisão, considerando como possibilidades a estrutura e controle próprio da atividade ou a delegação desta tarefa a operadores logísticos, através da terceirização.

No texto, são abordados temas como:

• A relevância da armazenagem e justificativas para a sua adoção no gerenciamento logístico;
• Breve análise dos custos de armazenagem e métodos de custeio logísticos;
• A decisão de investir em instalações de armazenagem (multiplantas, individuais, integradas);
• Vantagens e desvantagens da verticalização logística;
• A decisão de terceirizar o processo de armazenagem. Suas vantagens e desvantagens.

Do texto, depreende-se que a estocagem de materiais possibilita um melhor gerenciamento entre as cadeias de suprimento, produção e distribuição. É neste contexto, que a armazenagem mostra sua importância dentro da logística, podendo inclusive orientar estratégias das empresas, considerando que a armazenagem correta e racional, tanto de matérias primas ou insumos, como de produtos semi-acabados ou acabados, além de reduzir custos e aumentar a satisfação do cliente - com a entrega do produto pretendido no tempo e lugar certos - fornece outros benefícios indiretos como a centralização de informações, seja em relação a pedidos ou estoque, ou relativas a remessas, etc.

Entre as razões para o armazenamento (estocagem) de produtos, o autor cita a redução dos custos de transporte e de produção e a coordenação entre demanda e oferta, já que na demanda variável ou sazonal, os níveis de produção podem ser melhor gerenciados com a armazenagem. Da mesma forma, os custos com a melhoria no transporte acabam sendo compensados com custos mais baixos no armazenamento.

Os custos de armazenagem são considerados fixos e indiretos, já que permanecem constantes mesmo na ocorrência de poucos produtos em estoque ou movimentação abaixo do planejado, pois dependem do espaço físico, pessoal e equipamentos. O autor discute-se que a avaliação incorreta dos custos pode levar os administradores a decisões ineficientes e prejudiciais a saúde da empresa, distorcendo os custos do produto. E para evitar esta incongruência, as empresas devem utilizar ferramentas de gestão de custos, algumas das quais são específicas para Logística, como o Método de custeio padrão - considerando apenas custos de matéria prima e mão de obra indireta - o qual necessita de uma metodologia de apoio e o Método ABC (Activity Based Costing), que foi desenvolvido a partir da constatação de que os custos são decorrentes das atividades necessárias à fabricação e comercialização dos produtos.

Quanto à estratégia de instalações, o texto destaca que é primordial atentar para o número de unidades necessárias em determinada atividade/ empresa, pois as questões operacionais e problemas organizacionais diferenciam-se de acordo com o modelo de armazém. A decisão de investimento também requer escolhas relativas a localização, dimensão e especialização ou foco das plantas individuais (atividades e capacidade alocada a cada unidade)

É possível concordar que somente levando-se em conta estes aspectos relevantes, a empresa tomará decisões acertadas e saberá como investir nas instalações para armazenagem em um processo de integração vertical que contribua para a competitividade global desta empresa no mercado.
Há que se destacar que a confiabilidade quanto à administração das instalações, está relacionada a alguns aspectos como: possibilidade e acesso a serviço de transporte, segurança do local quanto ao risco de furto, incêndio, etc. e atitude da comunidade e do governo em relação ao armazém. Entende-se que estes pontos não podem ser desconsiderados.

O autor descreve como vantagens da verticalização logística: a eliminação de custos de transações, impostos, comunicação, deslocamento e coordenação. Ainda justificam o investimento, estratégias de longo prazo como a intensa utilização das instalações, a disposição de pessoal e equipamentos especializados e o fato do local poder ter seu uso revertido no futuro, transformando-se em escritório ou instalação de produção.

Discute-se como desvantagem da verticalização: os altos custos incorridos com a contratação de mão de obra, construção ou aluguel da instalação e aquisição de equipamentos. Além disto, o autor faz menção a síndrome do monopólio, que algumas vezes pode levar a queda de eficiência e qualidade dos serviços ao cliente.

Faz-se necessário salientar que os processos logísticos têm se tornado cada vez mais complexos e sofisticados tecnologicamente, agregando maior valor ao negócio do ponto de vista estratégico, tornando-se assim um diferencial competitivo, que necessita de constante atualização. É sabido, porém que o aumento no porte da empresa e o grande número de atividades realizadas por esta - inclusive algumas não ligadas diretamente com seu negócio principal - acabam acarretando problemas gerenciais, tendo como consequência o aumento dos custos de produção e a perda da eficiência.
É exatamente diante desta constatação, que os gestores vem a deparar-se com o trade-off entre verticalizar ou terceirizar a atividade de armazenamento, processo este que assimila uma parcela significativa dos custos logísticos na cadeia de suprimentos.

Discutidas as opções e considerando ser a logística um elemento fundamental na elaboração das estratégias das organizações e na efetividade da atuação empresarial, temos que concordar que a decisão empresarial de terceirizar esta atividade é complexa e deve ser tomada com muita cautela pelos gestores, face os riscos existentes. Além disto, se faz necessário entender quais os custos associados na armazenagem que interferem nesse processo decisório.
Ademais, o sucesso desta decisão dependerá da forma como este processo de terceirização será gerenciado.

É possível entender que quando se pensa na terceirização das operações logísticas, a empresa está optando pela flexibilidade e adotando uma estratégia de redução de custos, ou pelo menos acreditando que conseguirá transformar custos fixos em custos variáveis.
Podemos perceber isto no exemplo de que necessidades sazonais de maior ou menor estoque poderão ser gerenciadas com o uso maior ou menor da instalação contratada.
Além disto, com a terceirização, a empresa poderá dedicar-se mais a sua atividade fim, concentrando-se em suas competências essenciais e assim buscando aumentar o nível dos serviços oferecidos aos seus clientes.

O autor aborda como algumas das principais vantagens em terceirizar o processo de armazenamento: a redução de investimentos em ativos, a relação custo e qualidade de serviços, maior flexibilidade operacional e a maximização de retorno sobre investimentos, com o ganho de tempo e espaço para dedicar-se ao desenvolvimento da competência de seu negócio.
Em contrapartida, o autor destaca algumas desvantagens na terceirização, como a perda de acesso a informações chaves do mercado, falta de envolvimento com as operações de campo e consequente perda de sensibilidade às mudanças necessárias. Além disto, poderá haver dependência excessiva da empresa ao operador logístico.

Em meu entendimento, estes pontos apenas reforçam a necessidade de realização de estudo analítico das possibilidades no gerenciamento das instalações, buscando decidir-se pela melhor alternativa para empresa, pois é preciso considerar que poderá haver situações onde terceirização não será possível ou não seria indicada como no caso de operações que precisem de competências muito específicas, ou até mesmo que demandem uma manipulação de informações julgadas estratégicas ou confidenciais.

O autor ainda salienta que a definição deste posicionamento, deve estar aliada a um conjunto integrado de decisões que envolvem políticas de serviço ao cliente, de estoque, de transporte e de produção, visam garantir a eficiência do fluxo de produtos ao longo da cadeia de suprimentos.

É possível concluir que a busca das empresas por competitividade conduz ao surgimento de novas estratégias de produção e dentro deste processo, a logística surge com participação relevante, sendo fundamental para a atuação empresarial no gerenciamento da aquisição, movimentação e armazenamento de materiais e pro dutos.
Não podemos deixar de considerar que a opção por umas das estratégias apresentadas neste texto, ou seja, pela manutenção e/ ou investimento em instalações próprias de armazenamento ou a terceirização da atividade dependerá do estudo da empresa, do produto em questão, assim como, dos objetivos que pretendem ser alcançados, da relação lucro e crescimento e da capacidade de inovar de cada empresa.
Ademais, em qualquer que seja a decisão empresarial, deve estar claro que a troca de informações entre os elementos da cadeia de produção e distribuição é essencial para o desenrolar eficiente e eficaz da atividade empresarial, tanto na redução dos custos como no aumento da satisfação do cliente.

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