sábado, maio 30, 2009

Refletindo...
É preciso conciliar os interesses estratégicos das organizações e os projetos de desenvolvimento das nações.
A globalização dos mercados e o progresso veloz da tecnologia e comunicações têm feito com que as empresas revejam sua gestão e busquem novas estratégias. A competitividade e a intensidade desta concorrência global elevam os padrões e para que haja sucesso, esforços devem ser empreendidos no sentido de agregar capacidades e maximizar recursos. Neste sentido, a cooperação se torna cada vez mais necessária ao progresso das nações. Daí o crescimento das Fusões, Alianças Estratégicas (AE) e Join Ventures .

Com as AE, as empresas vêem a possibilidade de expandir capacidades no acesso geográfico, criação e oferta de produtos, resolução de limitações financeiras e incorporação de novas tecnologias, gerando recursos que podem ser investidos em suas capacidades básicas e desenvolvimento de outras, possibilitando a antecipação junto aos concorrentes por meio da vantagem competitiva. Neste processo, o papel de cada empresa irá depender do volume de compromisso e controle conferidos a cada parceiro, mas é possível afirmar que quando estes optam por uma Aliança Estratégica, devem estar decidindo por cooperar em nome de suas necessidades mútuas e compartilhamento de riscos para alcance de um objetivo comum. Ademais, a decisão do tipo de aliança e sua adoção devem considerar o cumprimento de obrigações fiscais, tributárias e possíveis benefícios trazidos ao meio-ambiente e à sociedade como um todo.


As alianças não são úteis somente ao planejamento estratégico empresarial. Elas também devem ser observadas pelos Governos em suas políticas de desenvolvimento, as quais necessitam promover a cooperação. Neste sentido, pode-se citar que as atividades econômicas internas devem ser favorecidas, com o uso do protecionismo e incentivo do desenvolvimento econômico interno. No entanto, não há como relevar a vantagem comparativa que pode ser obtida com o comércio internacional e canalização de recursos na produção de bens onde o país tem uma eficiência relativamente maior. O equilíbrio destes aspectos evitará o enfraquecimento das políticas de desenvolvimento da nação.
Entre os diversos exemplos de alianças que podem ser encontrados na atualidade, cita-se:

i) Alianças e Joint Ventures no ramo de Petróleo que atraem investimentos para o estado do Rio de Janeiro: Empresas brasileiras fazem joint ventures com estrangeiras para sobreviver nesse competitivo mercado. Isto agrega capital e tecnologia às empresas brasileiras. Destaque para a parceria entre a Petrobrás e Halliburton, empresa norte-americana, que é uma das maiores empresas de serviços para campos petrolíferos do mundo.

ii) Lei de Incentivos Fiscais atrai investimentos e gera empregos diretos e indiretos em diversos setores da economia: Um exemplo é a Parceria da Prefeitura de Petrópolis com uma Cervejaria. A Empresa ganhou benefícios como isenção de IPTU, taxa de licença para estabelecimento, cobrança de licença para execução de obras, taxa de vistoria parcial ou final de obras, redução da base de cálculo em até 60% incidente sobre o valor da mão-de-obra contratada para execução das obras de construção e isenção da taxa de vigilância sanitária por até 10 anos, entre outros. Em contrapartida, e como consequência da responsabilidade sócio-ambiental, o Município já ganhou asfaltamento de quatro quilômetros da Estrada, contratação de mão-de-obra local de pelo menos 300 trabalhadores, beneficiando centenas de moradores da localidade. Além disto, a empresa vai promover o plantio de mudas de espécies originais da Mata Atlântica e mudas de árvores variadas, podendo alcançar o patamar de 100 mil mudas produzidas e prontas para o plantio.